As 10 séries de TV da minha vida! – parte um

E uma vez que estou novamente online, vou prosseguir com a lista das formas de arte que influenciaram a minha vida, desta vez acerca dos programas de televisão.

A televisão é um dos bastiões da cultura moderna, tanto pela atenção que recebe como pela influência que é capaz de criar, por isso achei que seria interessante procurar quais seriam aqueles eventos regulares, série de vários episódios, que me mantiveram agarrado ao ecrã, mesmo quando havia coisas mais interessantes para fazer. E quais destas séries me tornaram no homem que sou.

Esta não foi uma lista fácil, não com tanta coisa por aí, mas aqui vai:

# 10 – Red vs Blue (Rooster Teeth)

Isto é um pouco de batota, admito, pois esta nem sequer é uma série de televisão, mas é uma série, e, com bons motivos, redefiniu a minha maneira de encarar uma história. Aquilo que começou por se tornar numa comédia acerca de dois grupos de soldados presos num vale no meio do nenhures, acabou por se tornar, ao longo de 100 episódios mais uma série de especiais, num épico de ficção-científica, repleto de reviravoltas. Os 20 episódios de Reconstruction foram dos momentos mais viciantes e empolgantes do todo, ensinando-me como se constrói uma boa história.Ainda por cima, eu adoro Halo, e todos os gráficos são baseados no motor multiplayer do jogo, sendo as vozes depois sobrepostas, criando-se um tipo de arte, actualmente em expansão, chamado de Machinimia!

# 9 – Avatar: the last airbender (Nickelodeon)

Vagueando longamente pela net, como às vezes faço, deparei-me várias vezes com referências a esta série de animação, mas sempre lhe passei ao lado, ponderando que algo tão popular não podia ser bom. Enganei-me. Foi à coisa de um ano que vi esta série, acompanhando como um fanático todos os episódios das aventuras de Aang, Katara, Sokka, Toph e Zuko, na sua luta contra a Nação do Fogo, pelo restabelecimento do equilíbrio entre os povos deste mundo de fantasia. A animação e a história eram de topo, mas o que mais me impressionou foi o tratamento dos personagens e do universo. Alimento mental para quem se pensa como escritor amador…

# 8 – Horizon (BBC)

Horizon é considerada por muitos como a melhor série documentarial do mundo, e com boas razões. Embora alguns episódios possam roçar o sensacionalista, o conteúdo está lá, e mostra como aprender pode ser empolgante e divertido. Uma co-produção entre a BBC e o Discovery Channel, esta série existe desde 1964 e já teve mais de 1000 episódios! Embora sempre tenha gostado de documentários, a verdade é que só comecei a prestas atenção a este programa há uns 8 anos atrás quando vi um programa sobre… ondas, e fiquei empolgado e interessado, incapaz de acreditar com ondas e mecânica quântica se poderiam misturar. Desde então que procuro e aprecio o melhor desta série, tendo aprendido imenso em todo este tempo.

# 7 – Shadow Riders (Mainframe Entertainment)

A Mainframe foi revolucionária, em 1994, ao criar a primeira série totalmente produzida em computador, Reboot. Desde então tem produzido algumas excelentes séries, muito embora tenha vindo a perder alguma qualidade nos últimos anos… Em qualquer caso, foi nos seus anos de glória que o estúdio criou a sua obra-prima, uma série chamada Shadow Riders. A série teve um grande impacto na sua estreia em Portugal, quando a TVI dava animação de jeito, lidando com a guerra entre quatro povos, cada um deles vivendo em mundos totalmente diferentes e há muito inimigos entre si, e o temível planeta da Besta, devorador de mundos. O mais impressionante foram as diferenças que os autores conseguiram criar entre as cinco facções, e isso impressionou-me muito enquanto jovem espectador.

# 6 – Neon Genesis Evangelion (Gainax)

Uma das melhores série de anime, e a primeira que eu segui com verdadeira reverência (o Zorro não conta porque na altura não o encarei como tal :P). A história, concebida para não fazer qualquer sentido, deixou a minha cabecinha à roda durante anos, e levou-me a querer aprender o máximo sobre mitologia, enquanto que todas aquelas associações estranhas entre os Evangelions, os Anjos e os personagens me fez questionar se realmente existiriam limites de imaginação na ficção-científica. Ah, e os combates entre os supostos robots gigantes que eram os Evas e os monstros que passavam por Anjos eram simplesmente fantásticos, isso e a história da conspiração que seguia no background. Infelizmente tudo aquilo era uma extrapolação do carácter do improvável herói, um tal Shinji Ikari de quem ninguém gostava, e o final em si foi uma bosta. Mas ficaram personagens icónicas, Asuka Soryu, Gendo Ikari, Misato Katsuragi, etc, e um dos temas iniciais mais conhecidos do anime!

Parte dois para breve…